Os carros elétricos têm vindo a ganhar autonomia, com as melhorias significativas das baterias. Da mesma forma que os carros a combustão, os carros elétricos também vêm os seus valores de consumo homologados por uma entidade independente dos construtores, o WLTO (Procedimento Mundial Harmonizado de Teste de Veículos).
A autonomia dos carros elétricos tem sido uma das grandes hesitações de quem equaciona mudar para a mobilidade elétrica. Neste artigo, vamos explicar-lhe tudo o que tem de saber sobre a autonomia e dar-lhe algumas dicas para prolongar a autonomia da bateria.
O que é a autonomia de um veículo elétrico?
A autonomia corresponde à quantidade de quilómetros que determinada viatura elétrica é capaz de fazer, a partir do momento em que tem a bateria totalmente carregada. Ou seja, sempre que o fabricante menciona a autonomia do veículo elétrico, refere-se aos quilómetros que esta é capaz de percorrer, sem necessidade de voltar à carga.
Obviamente, e tal como na condução de um carro de combustão interna, a autonomia está correlacionada com uma série de fatores, sendo o tipo de condução o mais importante.
Como poderei saber a autonomia de um carro elétrico?
Como já referimos, existia uma entidade independente dos construtores – a WLTO, que homologa os valores dos consumos dos veículos, os fabricantes, por seu turno, comunicam, posteriormente, a autonomia, sendo essa que deverá considerar.
Poderão existir discrepâncias da autonomia comunicada pela marca, por isso, deverá ter em consideração o seguinte:
- Versão do automóvel, uma vez que o mesmo modelo poderá ter diferentes packs de bateria. Usualmente, os fabricantes comunicam os melhores packs de bateria, pelo que deverá estar atento à versão que pretende adquirir.
- Ciclo comunicado. A autonomia poderá ser comunicada em Ciclo Urbano ou em Ciclo Misto, razão pela qual deverá verificar esta informação junto do vendedor.
Quais os fatores que influenciam a autonomia dos carros elétricos?
São vários os fatores que influenciam a autonomia da bateria dos carros elétricos, pelo que deverá acautelar estes fatores, por forma a maximizar a bateria do veículo:
- Exposição a temperaturas extremas. Deverá evitar expor o carro a temperaturas extremas, tanto demasiado altas, como demasiado baixas. Não apenas irá ter impacto direto na autonomia da bateria, como não é benéfico para a sua durabilidade.
- Estilo de condução. O motor do carro elétrico tem um funcionamento diferente de um motor de um carro a combustão. Entre outros aspetos, deverá tirar partido do sistema de travagem regenerativa.
- Potência do motor. Quanto mais potente for o motor, maior será o consumo da energia, sendo que, tal como nos carros a combustão, a autonomia – neste caso da bateria – irá diminuir quanto maior for a potência de aceleração.
- Trajeto a percorrer. No caso dos carros elétricos, o trajeto tem uma grande correlação com a autonomia da bateria. Subidas ingremes exigirão mais do motor do veículo e utilizará menos o sistema de travagem regenerativa.
- Outros equipamentos ligados. O caso mais evidente é o do ar-condicionado, este equipamento exigirá mais energia do veículo e, por conseguinte, diminuirá a energia existente na bateria.
- Aerodinâmica automotiva do veículo. As linhas que o carro elétrico apresenta poderão, também, ter um impacto na autonomia da bateria, na medida em que influenciam a condução.
Como poderei prolongar a autonomia da bateria?
Certamente, é uma das suas perguntas. Partilhamos algumas recomendações para que consiga prolongar a autonomia do veículo:
- Faça uma condução económica. Muitos veículos elétricos possuem um sistema que permite escolher o tipo de condução, dê primazia ao modo económico.
- Evite utilizar o cruise control. Apesar de ser um sistema de apoio à condução bastante cómodo, o cruise control não faz uma análise prévia do percurso nem das condições climatéricas.
- Procure manter uma velocidade constante. Tal como nos carros com motores a combustão, uma velocidade constante permitir-lhe-á controlar a autonomia.
- Evite travagens repentinas. As travagens mais suaves permitem que o sistema de travagem recupere energia e a armazene. Por outro lado, uma travagem repentina obriga o veículo a utilizar a travagem tradicional, o que não permite recuperar energia.
- Selecionar o trajeto. Procure trajetos sem grandes subidas, de maneira a potenciar toda a aerodinâmica do veículo.
Atualmente no mercado automóvel, já existem carros elétricos como uma autonomia para 300 quilómetros, sem necessidade de carregamento. Se, por exemplo, apenas faz, durante a semana, por dia, 40 a 50 quilómetros, apenas necessitará de carregar o veículo de seis em seis dias.
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