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Carro híbrido vale a pena em Portugal? A análise para 2025 

carro híbrido

A mobilidade elétrica continua a crescer em Portugal, com 57,3% dos veículos ligeiros de passageiros matriculados novos em 2024 movidos a energias alternativas, nomeadamente elétricos e híbridos. Os híbridos (HEV), os híbridos plug-in (PHEV) oferecem caminhos diferentes para reduzir consumos e emissões sem abdicar da versatilidade de reabastecer rapidamente em viagem. Em 2025, a resposta à pergunta "vale a pena?" depende do seu padrão de utilização, do acesso a carregamento e do enquadramento fiscal português.  

 

Vantagens do carro híbrido: porquê considerar esta opção em Portugal? 

Economia de combustível 

A poupança no consumo de combustível representa o principal atrativo dos veículos híbridos. Os híbridos convencionais aproveitam o sistema de travagem regenerativa para recuperar energia, enquanto os plug-in permitem percorrer distâncias consideráveis em modo totalmente elétrico, onde muitos modelos atuais oferecem mais de 100 km de autonomia elétrica. Alguns modelos híbridos plug-in disponíveis no mercado português oferecem consumos na ordem dos 2 litros por cada 100 km e emissões de CO2 incrivelmente baixas de 46 g/km. Os veículos híbridos plug-in de maior autonomia podem oferecer poupanças até 75%, segundo o ciclo WLTP (Worldwide Harmonized Light Vehicles Test Procedure e pode ser traduzido por Procedimento de Teste Global Harmonizado para Veículos Ligeiros).  Esta eficiência contrasta significativamente com os veículos convencionais a gasolina, que apresentam consumos médios entre 5 e 7 litros aos 100 km. 

Em termos práticos, os híbridos convencionais apresentam consumos combinados WLTP entre 4,3 e 4,5 l/100 km, enquanto versões plug-in conseguem valores ainda mais impressionantes, com alguns modelos a atingir consumos combinados de apenas 0,4 l/100 km. Quando há carregamentos frequentes ou até diários e a distância está dentro da autonomia da motorização elétrica, grande parte das deslocações faz-se em modo 100% elétrico, reduzindo muito o consumo de gasolina. Contudo, sem carregar, o consumo tende a aproximar-se do mesmo que um veículo a gasolina mais pesado, porque se transporta uma bateria que não está a ser aproveitada. 

 

Impacto ambiental reduzido 

HEV: ao gastar menos combustível, emitem menos CO₂ do que equivalentes a gasolina, sobretudo em cidade. Não eliminam emissões de escape, pelo que o benefício é relativo face a um veículo 100% elétrico. 

PHEV: a vantagem ambiental existe se forem carregados e usados em modo elétrico com frequência. Num estudo de uso real, os PHEV novos registados em 2021 apresentaram média de 139,5 g de CO₂/km, apenas 23% abaixo dos veículos convencionais e cerca de 3,5X acima dos valores WLTP declarados, precisamente porque muitos não circulavam o suficiente em modo elétrico. 

 

Incentivos fiscais 

O enquadramento fiscal português em 2025 mantém benefícios significativos para veículos híbridos. Automóveis híbridos com autonomia mínima de 50 km em modo elétrico e emissões oficiais inferiores a 50 g de CO2/km usufruem de 40% de redução no ISV, enquanto os híbridos plug-in com as mesmas características beneficiam de 75% de redução. 

Para empresas, os benefícios são ainda mais expressivos. As viaturas híbridas plug-in com autonomia elétrica superior a 50 km e emissões de CO2 abaixo de 50 g/km aplicam-se taxas de tributação autónoma reduzidas: 2,5% para aquisições até 37 500 €, 7,5% entre 37 500 € e 45 000 €, e 15% acima de 45 000 €. 

As depreciações correspondentes ao custo de aquisição para automóveis até 50 000 € são aceites como gastos dedutíveis. Adicionalmente, as empresas podem deduzir o IVA correspondente à aquisição de híbridos plug-in com valor igual ou inferior a 50 000 € na medida em que a viatura é afetada a operações tributadas. 

Uma novidade importante para 2025: o alargamento da taxa intermédia de 25% no ISV aos híbridos plug-in usados importados da UE matriculados entre 2015 e 2020, desde que tenham autonomia mínima de 25 km no modo elétrico. 

 

Desvantagens do carro híbrido: o que deve ponderar? 

  • O preço de aquisição continua a ser o principal obstáculo. Mesmo com os incentivos fiscais, os híbridos apresentam custos superiores aos veículos convencionais equivalentes. Os híbridos mais acessíveis disponíveis em Portugal têm preços a partir de aproximadamente 20 000€, enquanto versões convencionais equivalentes custam significativamente menos. 
  • A manutenção implica custos adicionais devido aos novos componentes, apesar de os motores a combustão não fazerem um esforço tão grande. Como coexistem dois sistemas de propulsão e uma bateria de alta tensão, a manutenção exige oficinas habilitadas para operações nestas tecnologias. 
  • A autonomia em modo elétrico dos híbridos convencionais é limitada, funcionando apenas como auxiliar do motor a combustão. Para os híbridos plug-in, embora ofereçam maior autonomia elétrica, o tempo de carregamento pode variar entre 30 minutos para carregamento rápido ou até 3 horas para carregamento lento, o que requer planeamento adicional nas rotinas diárias e, por outro lado, sem carregar, perde-se a vantagem e o consumo sobe devido ao peso extra.  
  • A bateria também pode reduzir a bagageira e aumentar o peso, penalizando consumos em autoestrada. 

Para quem compensa um carro híbrido? Considerações essenciais 

A decisão de adquirir um híbrido deve atender ao perfil de utilização. Para condutores urbanos que realizam percursos diários inferiores a 50 km, os híbridos plug-in permitem deslocações quase exclusivamente em modo elétrico, maximizando as poupanças. Tendo em conta o tipo de utilização que vai dar ao seu veículo, pode valer a pena comprar um carro híbrido. 

Empresas com frotas beneficiam particularmente da aquisição de híbridos devido aos incentivos fiscais substanciais. A dedução do IVA, as taxas reduzidas de tributação autónoma e a possibilidade de contabilizar as depreciações como gastos tornam estes veículos financeiramente atrativos para uso profissional. 

Para utilizadores que percorrem grandes distâncias diariamente ou que não têm acesso regular a pontos de carregamento, os híbridos convencionais apresentam-se como solução intermédia, oferecendo poupanças de combustível sem a necessidade de infraestrutura de carregamento. 

 

Cenários de utilização vs. poupança relativa de combustível  

Valores relativos a um motor de combustão interna. Os intervalos são ordens de grandeza e meramente indicativos. 

Cenário de utilização

Motor combustão interna (base)

HEV

PHEV carregado diariamente

PHEV carregamento irregular

MHEV (mild hybrid 48 V)

Cidade (paragens/arranques) 

0% 

20–40%

60–80% 

0–25%

5–12%

Misto (≈50% cidade / 50% estrada) 

0% 

10–25%

30–60%

10–25%

3–8%

Autoestrada (velocidade estabilizada) 

0% 

0–10%

5–20% 

−5% a +5%

0–5%

Os valores positivos são poupança de combustível. Para PHEV, a coluna "carregado diariamente" assume que a maioria dos quilómetros diários é exequível com a autonomia elétrica; "carregamento irregular" reflete um uso real com carga esporádica. 

 

Conclusão: a sua decisão pelo carro híbrido em 2025 

Em Portugal, os veículos híbridos fazem sentido para quem os aproveitar muito na cidade e sem acesso prático a uma tomada de carregamento em casa; são fáceis de utilizar, reduzem consumo em tráfego urbano e mantêm custos previsíveis. Os híbridos plug-in podem ser muito económicos e com menor pegada se forem carregados diariamente e usados dentro da autonomia elétrica; sem isto, a vantagem dissipa-se. Os benefícios fiscais mantêm-se atrativos, com reduções significativas no ISV e vantagens para empresas na tributação autónoma e dedução do IVA. 

A escolha deve basear-se no perfil de utilização: percursos urbanos curtos favorecem os híbridos plug-in, enquanto utilizações mistas ou longas distâncias beneficiam mais dos híbridos convencionais. É preciso ter em conta que, apesar de o investimento inicial ser elevado, os carros híbridos têm benefícios fiscais e a sua compra pode compensar se existir um uso intensivo do carro. 

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