Como é calculado o preço da eletricidade?  

Muitos consumidores têm dúvidas sobre como é calculado o preço da eletricidade, todos os custos que vêm na fatura de energia. A eletricidade é um bem indispensável, pelo que é importante compreender como o preço é determinado para tomar decisões informadas e garantir um uso eficiente deste serviço tão valioso. 

Neste artigo, vamos explorar como se calcula o preço da eletricidade e os principais fatores que influenciam o valor final da fatura a pagar pelos consumidores. 

Tudo o que precisa de saber sobre o preço da eletricidade 

Da próxima vez que receber a fatura de eletricidade, lembre-se de que o preço final a pagar não é aleatório, mas sim o somatório de três parcelas: energia, tarifa de acesso às redes, e taxas e impostos. 

A primeira diz respeito aos custos de aquisição e de comercialização por parte dos comercializadores, enquanto a segunda se refere aos custos associados à infraestrutura e aos serviços utilizados pelos consumidores de forma partilhada, isto é, o transporte, a distribuição, a gestão do sistema energético, e a operação logística de mudança de comercializador. O valor total da tarifa resulta também da soma de outros Custos de Interesse Económico Geral (CIEG), que constituem uma parcela significativa, e incluem custos resultantes de decisões políticas energéticas, como implementação de medidas de sustentabilidade, produção ou compra de eletricidade proveniente de fontes renováveis, entre outros. 

O valor das tarifas de acesso às redes é fixado pela Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE) e é pago por todos os consumidores, independentemente do tipo de mercado de eletricidade que o consumidor opte - livre ou regulado. Já o mesmo não se observa no que diz respeito ao custo de aquisição de energia e margem de comercialização. No mercado livre, cada comercializador determina os seus critérios e preço de energia, competindo entre si para providenciar a melhor oferta comercial ao consumidor, ao passo que no mercado regulado é a ERSE que estabelece a tarifa de energia, assim como o valor das tarifas de acesso. 

Por fim, a terceira parcela refere-se à soma das taxas e impostos obrigatórios e definidos por lei: 

• Contribuição Audiovisual (CAV) que financia o serviço de rádio e televisão públicas que é entregue à Rádio e Televisão de Portugal, S.A. (RTP): valor fixo mensal de 2,85€ + IVA (6%). Alguns consumidores poderão estar isentos do pagamento desta taxa, se o seu consumo anual de eletricidade for inferior a 400 kWh, ou pagar um valor reduzido de 1 € + IVA (6%), se beneficiarem de certas condições financeiras especiais, como subsídio de desemprego, rendimento social de inserção, pensão social de invalidez, entre outras. 
• Imposto Especial de Consumo (IEC), parte do Imposto sobre Produtos Petrolíferos e Energéticos (ISPE) cobrado pelo Estado: 0,001€ por kWh de energia consumida + IVA (23%). 
• Taxa de Exploração da Direção Geral de Energia e Geologia (DGEG), cobrado pelo Estado pela exploração das instalações elétricas: 0,07€ + IVA (23%). 
• IVA sobre a eletricidade consumida: este pode variar entre 6%, 13%, ou 23%, de acordo com a potência da energia contratada e o consumo mensal. 

Variações do preço da eletricidade 

Estando agora familiarizado com o que cada parcela representa, é importante explicar dois termos que são utilizados para o cálculo do consumo energético efetivo e que, de certeza, já observou na sua fatura de eletricidade: termo fixo e termo variável, também designado de termo de energia.

Termo fixo representa o custo fixo diário associado à potência contratada pelo consumidor face às suas necessidades energéticas - dependendo do número de equipamentos e eletrodomésticos ligados e em uso simultâneo, o consumidor terá de optar por uma potência mais ou menos elevada. O termo fixo inclui também os valores relativos à tarifa de acesso às redes acima mencionada. 

Por outro lado, termo variável refere-se ao preço do kWh, que varia de acordo com a energia efetivamente consumida durante o mês. Para calcular o consumo efetivo mensal o consumidor deverá, em primeiro lugar, multiplicar o preço do kWh, que pode variar de acordo com a energia consumida, pelo consumo verificado durante o período de faturação: 

• kWh (quantidade de energia elétrica consumida) x Preço da energia elétrica (€/kWh) 

Em segundo lugar, deverá calcular o valor a pagar pela potência contratada: 

• Número de dias em faturação, por norma 30 x Potência contratada (valor fixo diário) 

O custo de eletricidade mensal será a soma de ambos os valores. 
Existem, no entanto, outros fatores que podem causar variações no preço final da fatura, especialmente no mercado livre, como é o caso das vantagens de multienergia dos Planos de Eletricidade e Gás da Repsol. Como Cliente Eletricidade e Gás da Repsol, é possível obter um reembolso em fatura de até 14 €, pelos seus abastecimentos e pele compra de uma garrafa de gás da marca, que se soma a um desconto imediato em combustível de até 12€, todos os meses. 

Outro fator que importa ter em conta, e que pode resultar em diversos valores de consumo energético na sua fatura, é o consumo de energia durante ciclos horários de custo mais reduzido (Horas de Vazio), caso o consumidor opte por um ciclo bi-horário, seja diário, seja semanal.  

Por fim, devemos ainda realçar a importância de comunicar, de forma precisa e atempada, a leitura de eletricidade para evitar faturação por estimativa. Na ausência da leitura real do contador de eletricidade, a fatura irá basear-se numa estimativa de consumo, que pode traduzir-se num valor significativamente acima ou abaixo do valor real de consumo que, por sua vez, poderá resultar num acerto na fatura seguinte. Desta forma, para minimizar os riscos de variações no preço da eletricidade, é importante garantir que a faturação por parte da comercializadora reflita os valores reais de consumo de eletricidade num determinado período. 

Agora que já conhece todos os elementos que constituem o preço da sua fatura de energia, poderá tomar melhores decisões, para obter uma maior poupança de energia, começando por selecionar um Plano de Eletricidade e Gás, qua vá ao encontro das suas necessidades energéticas.