Os veículos elétricos vieram para ficar. Aquilo que antes parecia um futuro longínquo hoje é uma realidade cada vez mais procurada e com mais adeptos. Na verdade, já não restam muitas dúvidas sobre o facto de os veículos elétricos serem uma alternativa altamente sustentável, com uma grande contribuição para a transição energética, principalmente no transporte ligeiro de passageiros.
No entanto, apesar de serem cada vez mais comuns e de vários serem os incentivos à sua aquisição, existem ainda alguns mitos referentes aos veículos elétricos que vamos desconstruir neste artigo.
7 Mitos sobre carros elétricos
Os veículos elétricos não permitem realizar viagens longas, as suas baterias não duram tempo suficiente que justifique o investimento, os pontos de carregamento para veículos elétricos (PCVE) são escassos e o processo de carregamento é demorado. A lista de mitos referentes à mobilidade elétrica, a este tipo de mobilidade emergente, é infindável. Encontre, neste artigo, o esclarecimento dos mitos mais comuns sobre esta temática.
Não é possível fazer viagens longas
Este é talvez o mito mais comum sobre carros elétricos. De facto, inicialmente, quando começaram a ser produzidos, as viaturas elétricas tinham uma autonomia mais limitada. Com os avanços tecnológicos, hoje em dia, é possível encontrar no mercado veículos com uma autonomia de quase 600 quilómetros.
Além disso, a maioria das pessoas não percorre distâncias tão longas no dia a dia, portanto a autonomia não é um problema para a maioria dos condutores.
Não existem pontos de carregamento
A falta de PCVE’s foi, durante muito tempo, um problema, também ele ultrapassado com a expansão da rede pública de carregamento. Nos dias de hoje, é possível encontrar carregadores de nível 2 e carregadores de nível 3 em praticamente todas as áreas urbanas, em locais de fácil acesso. Além disso, a maioria das pessoas carrega os seus veículos elétricos em casa, durante a noite (para o qual têm contribuído os vários apoios estatais disponibilizados), minimizando a dependência dos pontos públicos de carregamento. Sim, porque ao contrário dos veículos a combustão, é possível carregar a viatura em casa.
Não se deve utilizar um elétrico quando chove
Este mito é um clássico derivado da conjugação "água e eletricidade". Todos os componentes dos veículos elétricos estão devidamente protegidos, pelo que não há qualquer razão para alarme no momento de lavar o carro ou de conduzir sob chuva. Deverá sim ter de praticar uma condução mais defensiva quando a meteorologia não é a melhor, independentemente do tipo de veículo.
Os carros elétricos são menos seguros
Na verdade, os testes de segurança a que estes veículos são sujeitos (antes de entrarem no mercado) seguem exatamente os mesmos padrões (rígidos) de exigência dos aplicados às viaturas a combustão. Para combater alguns problemas associados a este tipo de tecnologia, os veículos elétricos estão, atualmente, equipados com sistemas de grande eficácia que reduzem, por exemplo, o risco de incêndio ou de choque elétrico em caso de acidente.
As baterias ‘viciam’ e duram pouco
O termo "viciar" é frequentemente usado para descrever um fenómeno chamado "efeito de memória" que afetava baterias recarregáveis mais antigas. As baterias usadas em carros elétricos modernos são de lítio, devido à sua alta densidade de energia e baixa taxa de autodescarga, sendo projetadas para minimizar o efeito de memória. Isto significa que não é necessário descarregar completamente a bateria antes de recarregar, e não é prejudicial carregá-la mesmo que não esteja totalmente descarregada. Para prolongar a vida útil da bateria de um carro elétrico, é aconselhável seguir as diretrizes de uso e manutenção fornecidas pelo fabricante, como evitar exposição a temperaturas extremas.
Para além disso, a longevidade das baterias dos veículos elétricos, tal como os próprios veículos, tem vindo a evoluir gradualmente e prevê-se que continua este caminho de melhoria contínua.
Os veículos elétricos são mais poluentes
Se a eletricidade provém de fontes poluentes, como o carvão, então a energia que move os veículos elétricos não é 100% renovável, pois nem toda a eletricidade que é produzida provém de fontes de energias renováveis, apesar do aumento considerável de produção de eletricidade com origem em fontes de energias renováveis.
Não obstante, mesmo que a eletricidade não seja totalmente renovável, a verdade é que os veículos elétricos tendem a ser mais eficientes em termos energéticos, devido ao funcionamento do próprio motor elétrico, que tem também a função de gerador de energia. Por conseguinte, os veículos elétricos, não entrando num debate que engloba toda a cadeia de valor de produção deste tipo de veículos, tendem a ser menos poluente que os veículos a combustão que não utilizam combustíveis renováveis.
Os carros elétricos são mais caros
De facto, os veículos 100% elétricos tendem (por enquanto) a ser mais caros no momento da compra. No entanto, se pensarmos a longo prazo, os custos de utilização tornam este tipo de veículos muito competitivos e, para além disso, existe uma série de incentivos e apoios para a aquisição deste tipo de viaturas.
Ou seja, este mito também não tem grande sustentação, pois apenas se foca numa parte, a aquisição, e menospreza todas as outras relacionadas com os custos de carregamento vs abastecimento.
Não existem energias ‘boas’ e energias ‘más’. Todas elas são importantes para garantir a transição energética gradual e inclusive, salvaguardando a segurança energética e o bem-estar da sociedade. Nas Estações de Serviço da Repsol, poderá encontrar diferentes energias para a sua mobilidade. Se optar pela mobilidade elétrica, deverá consultar as nossas soluções, por forma a aproveitar toda a rede pública de carregamento.