Os veículos elétricos vieram para ficar. Aquilo que antes parecia um futuro longínquo hoje é uma realidade cada vez mais procurada e com mais adeptos. Na verdade, já não restam muitas dúvidas sobre o facto de os veículos elétricos serem uma alternativa altamente sustentável, com uma grande contribuição para a transição energética, principalmente no transporte ligeiro de passageiros.
No entanto, apesar de serem cada vez mais comuns e de vários serem os incentivos à sua aquisição, existem ainda alguns mitos referentes aos veículos elétricos que vamos desconstruir neste artigo.
Os veículos elétricos não permitem realizar viagens longas, as suas baterias não duram tempo suficiente que justifique o investimento, os pontos de carregamento para veículos elétricos (PCVE) são escassos e o processo de carregamento é demorado. A lista de mitos referentes à mobilidade elétrica, a este tipo de mobilidade emergente, é infindável. Encontre, neste artigo, o esclarecimento dos mitos mais comuns sobre esta temática.
Este é talvez o mito mais comum sobre carros elétricos. De facto, inicialmente, quando começaram a ser produzidos, as viaturas elétricas tinham uma autonomia mais limitada. Com os avanços tecnológicos, hoje em dia, é possível encontrar no mercado veículos com uma autonomia de quase 600 quilómetros.
Além disso, a maioria das pessoas não percorre distâncias tão longas no dia a dia, portanto a autonomia não é um problema para a maioria dos condutores.
A falta de PCVE’s foi, durante muito tempo, um problema, também ele ultrapassado com a expansão da rede pública de carregamento. Nos dias de hoje, é possível encontrar carregadores de nível 2 e carregadores de nível 3 em praticamente todas as áreas urbanas, em locais de fácil acesso. Além disso, a maioria das pessoas carrega os seus veículos elétricos em casa, durante a noite (para o qual têm contribuído os vários apoios estatais disponibilizados), minimizando a dependência dos pontos públicos de carregamento. Sim, porque ao contrário dos veículos a combustão, é possível carregar a viatura em casa.
Este mito é um clássico derivado da conjugação "água e eletricidade". Todos os componentes dos veículos elétricos estão devidamente protegidos, pelo que não há qualquer razão para alarme no momento de lavar o carro ou de conduzir sob chuva. Deverá sim ter de praticar uma condução mais defensiva quando a meteorologia não é a melhor, independentemente do tipo de veículo.
Na verdade, os testes de segurança a que estes veículos são sujeitos (antes de entrarem no mercado) seguem exatamente os mesmos padrões (rígidos) de exigência dos aplicados às viaturas a combustão. Para combater alguns problemas associados a este tipo de tecnologia, os veículos elétricos estão, atualmente, equipados com sistemas de grande eficácia que reduzem, por exemplo, o risco de incêndio ou de choque elétrico em caso de acidente.
O termo "viciar" é frequentemente usado para descrever um fenómeno chamado "efeito de memória" que afetava baterias recarregáveis mais antigas. As baterias usadas em carros elétricos modernos são de lítio, devido à sua alta densidade de energia e baixa taxa de autodescarga, sendo projetadas para minimizar o efeito de memória. Isto significa que não é necessário descarregar completamente a bateria antes de recarregar, e não é prejudicial carregá-la mesmo que não esteja totalmente descarregada. Para prolongar a vida útil da bateria de um carro elétrico, é aconselhável seguir as diretrizes de uso e manutenção fornecidas pelo fabricante, como evitar exposição a temperaturas extremas.
Para além disso, a longevidade das baterias dos veículos elétricos, tal como os próprios veículos, tem vindo a evoluir gradualmente e prevê-se que continua este caminho de melhoria contínua.
Se a eletricidade provém de fontes poluentes, como o carvão, então a energia que move os veículos elétricos não é 100% renovável, pois nem toda a eletricidade que é produzida provém de fontes de energias renováveis, apesar do aumento considerável de produção de eletricidade com origem em fontes de energias renováveis.
Não obstante, mesmo que a eletricidade não seja totalmente renovável, a verdade é que os veículos elétricos tendem a ser mais eficientes em termos energéticos, devido ao funcionamento do próprio motor elétrico, que tem também a função de gerador de energia. Por conseguinte, os veículos elétricos, não entrando num debate que engloba toda a cadeia de valor de produção deste tipo de veículos, tendem a ser menos poluente que os veículos a combustão que não utilizam combustíveis renováveis.
De facto, os veículos 100% elétricos tendem (por enquanto) a ser mais caros no momento da compra. No entanto, se pensarmos a longo prazo, os custos de utilização tornam este tipo de veículos muito competitivos e, para além disso, existe uma série de incentivos e apoios para a aquisição deste tipo de viaturas.
Ou seja, este mito também não tem grande sustentação, pois apenas se foca numa parte, a aquisição, e menospreza todas as outras relacionadas com os custos de carregamento vs abastecimento.
Não existem energias ‘boas’ e energias ‘más’. Todas elas são importantes para garantir a transição energética gradual e inclusive, salvaguardando a segurança energética e o bem-estar da sociedade. Nas Estações de Serviço da Repsol, poderá encontrar diferentes energias para a sua mobilidade. Se optar pela mobilidade elétrica, deverá consultar as nossas soluções, por forma a aproveitar toda a rede pública de carregamento.