No início do ano, a ERSE (Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos) propôs valores negativos para as Tarifas de Acesso às Redes, com uma descida de 419,8% em relação ao proposto no período homólogo (dezembro de 2022), que beneficiou os clientes particulares, tal como explicamos neste artigo.
Agora, no início de julho, o regulador volta a alterar esta parcela da fatura, com impacto direto no preço final a pagar pelos consumidores do mercado liberalizado. Neste artigo, explicamos-lhe de que forma estas tarifas irão impactar a sua fatura de energia.
No passado dia 15 de junho, a ERSE confirmou que as tarifas seriam de -0,0121 euros por kilowatt hora (kWh) na componente de energia. De facto, estas tarifas continuam a ser negativas, porém, contrastam com as que vigoraram entre janeiro de julho, -0,0958 euros por kWh, isto para um cliente de baixa tensão normal, ciclo simples.
Este agravamento, ou se quiserem colocar de outra forma, esta redução de apoios tem um impacto direto na componente variável da energia (€/kWh), o designado Termo de Energia. Por conseguinte, aquelas famílias que mais consomem serão aquelas que sentirão mais este “aumento” das TAR nas suas faturas de energia, apesar de o aumento ser generalizado e transversal.
Esta alteração da TAR representa, novamente para um cliente em baixa tensão normal e ciclo simples, um aumento acima 8 cêntimos por kWh. Ou seja, entre janeiro e julho, os comercializadores de energia deviam aplicar um desconto de 9,58 cêntimos por kWh, em função da TAR que vigorou no período, sendo que agora ‘apenas’ devem aplicar um desconto de 1,6 cêntimos por kWh.
Todavia, isto não quer dizer que o preço do kWh vai aumentar, até porque cada comercializadora é livre de fixar o Termo de Energia. O que deverá fazer é consultar as informações que constam no seu contrato de energia e verificar de que forma a TAR é refletida na sua fatura, assim como o que acontece em situações como esta, em que o valor é alterado.
Não. O regulador comunicou que no mercado regulado estas tarifas não irão sofrer alteração até ao final do ano, porém isto não quer dizer que este mercado seja mais vantajoso, até porque a TAR apenas representa uma parte da fatura de energia e, como referimos, as comercializadoras poderão alterar a sua oferta.
As tarifas de eletricidade indexadas, como é o caso do Plano Leve Sem Mais, tal como as tarifas fixas repercutem os custos associados às TAR. Nesse sentido, os clientes que tenham contratadas tarifas indexadas irão notar um aumento, já tendo em conta os seus consumos de julho. Todavia não significa que estas tarifas deixarão de ser competitivas face a uma oferta a preço fixo.
No simulador da ERSE, a partir de julho, poderá ver quais as melhores tarifas, em funções da sua tipologia. Todavia, é importante também ter em consideração outras vantagens e poupanças que não estão refletidas neste simulador, como é o caso da poupança adicional noutras energias dos Planos de Eletricidade e Gás da Repsol.
Se não sabe qual a tarifa que melhor se adequa aos seus hábitos de consumo, as nossas equipas poderão ajudá-lo a selecionar a melhor solução, uma vez que a Repsol é a única comercializadora que disponibiliza aos seus Clientes particulares três tipologias de tarifas: fixa, mista e indexada.