Como o podemos ajudar?
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Perguntas frequentes
Perguntas frequentes
Queremos resolver todas as suas dúvidas. Estas são as perguntas mais frequentemente colocadas pelos nossos clientes.
Existem algumas estradas que, na sua camada de desgaste, ou seja, na camada com que contacta directamente o tráfego, empregam misturas betuminosas drenantes ou misturas descontínuas. Este tipo de misturas betuminosas é projectado por forma a conferir um número importante de vazios nas mesmas, eliminando ou diminuindo alguma das frações de agregado. Os referidos vazios serão por onde se “escoará” a água da chuva no caso das misturas drenantes, ou por onde circulará a água no caso das misturas descontínuas. Desta forma, não haverá acumulação de água à superfície. Assim, evitam-se as incómodas e perigosas projecções de água e, adicionalmente, reduz-se o risco de aqua-planing. Neste tipo de misturas, para estradas importantes, é obrigatório a sua fabricação com betumes modificados com polímeros. Para assegurar a coesão da mistura de agregados, que ao dispor de mais vazios podiam ser menos resistentes, necessita que o “aglutinante” que as une seja de maior qualidade e resistência que o habitual.
A utilização de materiais tratados com cimento em alguma das camadas do pavimento de qualquer superfície pode dar lugar à possível reflexão de fissuras de retracção, de endurecimento ou térmica, destas camadas à superfície do pavimento, com os conseguintes problemas de incomodidade para o utilizador, risco de entrada de água no pavimento, deterioração da camada de desgaste,…
Além do mais, como já se mencionou em anteriores perguntas, a exposição do betume à intempérie faz com que se produza uma oxidação pelos raios ultravioletas procedentes do sol e pelo contacto com o oxigénio do ar, perdendo o betume as suas fracções mais ligeiras, tornando-se rígido e, portanto, perdendo as suas qualidades de flexibilidade e capacidade de adesão aos agregados da mistura.
Existem numerosos tipos de pavimentos em função da zona climática em que se encontram, assim como do tráfego que suportam. Deste modo, têm-se diferentes tipos de misturas, com diferentes granulometrias, e o tipo de ligante a empregar é diferente em cada caso, dependendo das exigências que deva suportar a estrada.
Também se considera que o tipo de mistura empregue para o pavimento de uma estrada de montanha não é o mesmo que o empregue numa via rápida de uma zona quente, além do mais, os requisitos exigidos para cada um dos componentes da mistura betuminosa são diferentes.
Existe certa confusão, mesmo entre os técnicos da indústria do petróleo, sobre o que é o betume, e o termo emprega-se habitualmente como sinónimo de asfalto, alcatrão, piche... Todos eles são produtos pretos, viscosos, de composição muito complexa que podemos englobar sob a denominação de ligantes (pela sua função) hidrocarbonados (pela sua composição). Mas na terminologia técnica portuguesa, o betume é um produto derivado do petróleo, enquanto os piches e os alcatrões (em inglês "pitch") são produtos derivados do carvão (antracite, hulha...), e o asfalto é um produto de origem natural que se pode apresentar livremente (p. ex. asfalto do Lago da Ilha de Trinidad) ou impregnado de minerais porosos (rochas asfálticas). Lamentavelmente, nem em português nem em inglês a terminologia é universal. Em ambos os idiomas os termos empregados na Europa e América são diferentes, às vezes contraditórios, o que pode dar lugar a mal-entendidos se não se têm em conta.
Em qualquer caso, é importante reter a ideia da diferença entre os derivados do petróleo e do carvão, já que o comportamento de ambos, do ponto de vista mecânico, meio ambiental e da saúde, é muito diferente, com claras vantagens para os derivados do petróleo, que são, com muita diferença, os mais utilizados a nível mundial. No entanto, nem sempre foi assim. Por razões de oportunidade histórica, os alcatrões obtidos das fábricas de gás foram os primeiros ligantes disponíveis em grandes quantidades para ser empregados na pavimentação de caminhos (Inglaterra, princípios do século XIX, depois resto da Europa e EUA). Com a aparição da indústria petrolífera e da automoção, o betume entrou em concorrência com o alcatrão. Esta concorrência termina de resolver-se definitivamente na segunda parte do século XX, tanto por motivos de disponibilidade como de qualidade técnica e menor impacto sobre a saúde e o meio ambiente.
A Marcação CE de ligantes é um requisito obrigatório para a livre comercialização dos mesmos na União Europeia, e é uma responsabilidade do fabricante.
A Marcação CE consiste numa série de normas harmonizadas em que se estabelecem especificações, classificação e ensaios, bem como, requisitos para o controlo da produção. No caso dos ligantes betuminosos, o sistema de atestação de conformidade é 2 +, que implica que o fabricante tenha a obrigação de realizar o ensaio inicial de classificação, controlo da produção e ensaio de amostras colhidas em fábrica, processo que será vigiado e avaliado por um organismo notificado.
A Marcação CE engloba todo o processo produtivo, desde a entrada de matérias-primas até à obtenção do produto final, passando pelas condições de operação em fábrica e a correcta realização dos ensaios em laboratório, sem esquecer as calibrações e planos de manutenção de todos os equipamentos implicados tanto na fábrica como no laboratório. Desde 1 de Janeiro de 2011 é de carácter obrigatório para betumes, betumes duros e emulsões betuminosas catiónicas. Para o caso de betumes modificados, entrou em vigor a partir de 1 de Janeiro de 2012.
O símbolo da marcação CE deve estar de acordo com os princípios gerais estabelecidos no Artigo 30 do Regulamento (CE) nº 305/2011 e será colocado de maneira visível, legível e indelével:
- Número de identificação do Organismo de certificação.
- Nome e endereço do fabricante com facilidade e sem qualquer ambiguidade.
- Os dois últimos dígitos do ano em que verificou a Marcação pela primeira vez.
- Código de identificação única do produto tipo.
- Número de referência da Declaração de Desempenho.
- Nível ou classe dos desempenhos declarados.
- A referência à especificação técnica harmonizada aplicável.
- O uso previsto como estabelecido na especificação técnica harmonizada aplicada.
O fabricante emitirá uma declaração de desempenho de cada produto e com ela assume a responsabilidade da conformidade do produto de construção com o desempenho declarado.
A reciclagem de pavimentos de estradas é uma técnica que se iniciou nos Estados Unidos nos anos 50 e que esteve presente em Portugal e Espanha desde os anos 80. As primeiras actuações de reciclagem realizaram-se com técnicas a quente, e nos anos 90 começou a realizar-se reciclagem a frio com emulsão. A reciclagem é uma técnica de reabilitação de estradas que consiste na reutilização dos materiais procedentes de camadas do pavimento que já estiveram em serviço: materiais que perderam alguma das suas propriedades iniciais pelo uso ou envelhecimento, mas que podem ser reutilizados para novas camadas de pavimento.
A Repsol desenvolveu betumes e emulsões REJUV, cujo objectivo é o máximo aproveitamento dos materiais já degradados pela passagem do tempo e dos tráfegos crescentes existentes nas estradas. São formulações específicas desenvolvidas em colaboração com os melhores especialistas de Espanha em técnicas de reciclagem, a gama permite cobrir todas as técnicas existentes, reciclagem "in situ" a frio, ou em central de fabrico de misturas betuminosas a quente, temperadas ou a frio.
Uma estrada é uma infra-estrutura linear, cuja função é permitir o tráfego rodoviário de veículos, em condições adequadas de segurança e conforto. A construção de uma estrada é uma tarefa complexa e depende fundamentalmente do serviço que vá prestar. Basicamente, uma estrada configura-se à base de espalhar sucessivas camadas de materiais pétreos, de diferentes qualidades e resistências, em função da sua posição na estrutura da secção da estrada. Construtivamente, haverá diferenças, se temos de escavar no terreno para situar a nossa estrada (desmontes) ou se temos de acrescentar terreno (aterros). O maior "inimigo" das estradas, é o que as "desgastam", são as importantes cargas dos veículos pesados e os agentes climatológicos. As últimas camadas, sobre as quais estão em contacto directo os pneus dos veículos com a estrada, constituem o pavimento das mesmas. A maioria dos pavimentos de estradas constroem-se à base de misturas betuminosas, isto é, com mistura de pedras seleccionadas em tamanho e qualidade (seco) e betume ou asfalto, que é a "cola" preta que "une" as ditas pedras, para que a passagem dos veículos por cima delas não as desagregue.
O betume é um ligante preto, sólido ou muito viscoso à temperatura ambiente, insensível à água, cuja viscosidade diminui com a temperatura. Estas propriedades tornam-no adequado para o seu emprego na construção de estradas e impermeabilização de superfícies.